
Mirando as Estrelas apresenta os instrumentos astronômicos do líder da nova geração de megatelescópios, que revolucionará a Astronomia.
Nesta sexta-feira, dia 6, a tecnologia do Telescópio Gigante Magalhães (GMT) é tema da série científica 'Mirando as Estrelas', produzida pelo projeto GMT Brasil. O episódio apresenta em detalhes alguns dos instrumentos da primeira geração que entrarão em funcionamento no telescópio em construção no deserto do Atacama.
Graças ao seu design óptico e à instrumentação de ponta, o GMT será o líder da nova geração de megatelescópios, sendo 200 vezes mais potente do que os melhores telescópios da atualidade, produzindo imagens com 10 vezes mais nitidez do que o Telescópio Espacial James Webb. Essa tecnologia é apresentada em detalhes no novo episódio do ‘Mirando as Estrelas’, a partir dos modelos 3D dos instrumentos que estão sendo fabricados por profissionais brasileiros em parceria com universidades e instituições de pesquisa internacionais.
A respeito dessa jornada para revolucionar a Astronomia mundial, um dos coordenadores do projeto GMT-FAPESP, Prof. Dr. Laerte Sodré Jr., relata como “é fascinante acompanhar o desenvolvimento de um projeto tão desafiador como o GMT. Olhando de onde partimos e, até agora, onde chegamos, é notável o imenso comprometimento e a competência da nossa equipe de técnicos e engenheiros, que estão enfrentando os desafios de transformar em realidade alguns dos instrumentos mais complexos da atualidade.”
Os seguintes instrumentos são apresentados ao longo do episódio: o espectrógrafo de múltiplos objetos no visível GMACS, o espectrógrafo echelle G-CLEF, o medidor Exposure Meter, o sistema robótico de posicionamento de fibras ópticas MANIFEST e um sistema de câmeras chamado AOTC, além de uma câmera de comissionamento projetada para avaliar a qualidade da imagem produzida pelo telescópio — a ComCam.
O vídeo possui a participação da Profª. Drª. Claudia Mendes de Oliveira, cocoordenadora do projeto GMT-FAPESP, e do Prof. Dr. Rafael Ribeiro, presidente do Instituto Steiner, um dos parceiros do consórcio GMTO na área de instrumentação. Clique aqui para assistir: https://youtu.be/ZCTSrQv4l1g
O Telescópio GMT
O Telescópio Gigante de Magalhães (GMT) é um dos maiores telescópios em construção no mundo, localizado no Observatório de Las Campanas, no deserto do Atacama, Chile. Quando estiver concluído, terá um espelho primário de 25,4 metros de diâmetro, formado a partir de sete segmentos de 8,4 metros — dispostos em formato de flor. O GMT será usado para estudar a formação de estrelas e galáxias antigas, buscar sinais de vida em exoplanetas e investigar a matéria escura e a energia escura no Universo, além de responder perguntas que os astrônomos ainda nem sabem quais serão. A previsão é que entre em operação no início da década de 2030 e funcione por mais de 50 anos.
Mirando as Estrelas
Mirando as Estrelas é uma iniciativa de difusão científica a partir da parceria entre o escritório brasileiro GMT Brasil, o IAG-USP, a FAPESP e a realização da TV UNIVAP com apoio do Laboratório Nacional de Astrofísica. A 1ª temporada já inclui 7 episódios lançados. O objetivo da produção é apresentar a história da instrumentação astronômica no país e quais são os principais projetos nacionais e internacionais que contam atualmente com a participação dos nossos cientistas, engenheiros e técnicos para o design e desenvolvimento tecnológico de ponta para os telescópios mais importantes da atualidade.
A lista de convidados está repleta de profissionais renomados de algumas das maiores instituições de pesquisa do Brasil, incluindo: Drª. Claudia Vilega Rodrigues (INPE); Dr. Bruno Vaz Castilho e Dr. Luciano Fraga (Laboratório Nacional de Astrofísica - LNA); e Drª. Claudia Mendes de Oliveira, Dr. Laerte Sodré Jr. e Dr. Rafael Ribeiro (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas - IAG/USP).
Na visão do coordenador técnico da série, Prof. Me. Filipe Soriano, responsável pelas animações dos instrumentos, o grande diferencial é que as animações são feitas em software de código aberto. “Elas são produzidas pelos nossos estagiários, alunos do curso de Produção Audiovisual da UNIVAP, o que proporciona aprendizado prático na área de modelagem 3D.”
A FAPESP no projeto GMT
Desde 2014, a Agência de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é membro-fundadora do consórcio GMTO, a partir de um investimento de 50 milhões de dólares, o que equivale a 4% do tempo de operação anual do telescópio para cientistas do estado de São Paulo.
A equipe brasileira possui mais de 70 profissionais de diversas áreas, incluindo professores, consultores, técnicos e bolsistas, que formam o escritório GMT Brazil Office (GMTBrO), atualmente liderado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP). Participam também desta equipe professores e colaboradores do Instituto de Física e Escola Politécnica da USP, do Instituto Mauá de Tecnologia, do Instituto de Física da Universidade de Campinas (UNICAMP), da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), entre outros.
Para a Profª. Drª. Claudia Mendes de Oliveira, a produção não é apenas uma oportunidade inédita de conhecer a participação de brasileiros em instrumentação astronômica a nível mundial, mas carrega um significado especial para a equipe do GMTBrO e das instituições ligadas ao escritório. “O vídeo é um marco no trabalho fascinante que a UNIVAP tem nos proporcionado com a série, o que facilita e fortalece nossa comunicação com o público sobre a importância da pesquisa científica e tecnologia para a sociedade,” explica a coordenadora.
Esse entusiasmo é compartilhado pela gerência do projeto GMT-FAPESP. O Dr. José Octávio Paschoal destaca a relevância do tema para a equipe brasileira, que atua fortemente, há mais de 10 anos, no desenvolvimento desses instrumentos: “esperamos que toda a audiência aproveite esse vídeo produzido com muita dedicação pelos nossos profissionais, mantendo o nosso compromisso de elevar a difusão científica para a sociedade brasileira”, diz Paschoal.
Ainda, a M.Sc. Daiana Ribeiro Bortoletto, também membro da gerência, ressalta a importância de que esse conhecimento transborde para a comunidade: “as pessoas precisam conhecer os trabalhos de ponta que estão sendo desenvolvidos nesse projeto incrível, para que isso sirva como catalisador para nossos jovens, motivando-os a se tornarem a próxima geração de cientistas.”
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