Na quinta-feira (01), o último dia da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) trouxe destaque para os grandes projetos de infraestrutura científica, incluindo o Telescópio Gigante Magalhães (GMT), que possui participação do estado de São Paulo. Os convidados, desde líderes de grandes instituições de pesquisa a coordenadores de consórcios internacionais, destacaram os desafios enfrentados na gestão e financiamento desses projetos científicos e suas propostas serão compiladas em um documento que servirá de base para a formulação de um plano nacional de inovação para a próxima década.
Durante uma mesa-redonda, a Dra. Claudia Mendes de Oliveira, cocoordenadora do projeto GMT-FAPESP, apresentou o megatelescópio GMT, que possui o estado de São Paulo, via FAPESP como membro-fundadora – a partir de um financiamento concluído de 50 milhões de dólares. A sua apresentação abordou dois temas cruciais: a definição de grandes projetos nas áreas de Ciência e Tecnologia e a importância de manter os especialistas brasileiros formados por esses projetos.
De acordo com ela, esse processo de retenção possui três etapas: atrair, formar e manter esses especialistas. “A Astronomia é uma maneira incrível de atrair jovens para a Ciência e tem um papel muito importante de formação científica”, afirma a cientista. Mendes de Oliveira também observa que, no cenário atual, há uma carência na promoção de planos de carreira para especialistas dentro dos projetos científicos. A garantia de um horizonte de longo prazo para os colaboradores facilita o planejamento de carreira e aumenta a retenção desses profissionais.
Ela defende a necessidade de identificar as demandas comuns entre diferentes grandes projetos e empresas, o que facilitaria a manutenção e atração de especialistas. “Esses nichos de atuação têm que ser reconhecidos, fortalecidos, para que a gente não jogue por terra todo o trabalho que está sendo feito”, explica. Ao finalizar sua fala reafirmou que atrair, formar e manter os especialistas no Brasil é essencial para o sucesso dos grandes projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Quer assistir à mesa-redonda completa? Clique aqui para conferir a gravação.
Descubra o telescópio GMT
O GMT será um dos membros da nova geração de megatelescópios, que serão capazes de explorar o Cosmos com definição e sensibilidade sem precedentes. Ele explorará o passado até perto do Big Bang, quando as primeiras estrelas, galáxias e buracos negros estavam se formando. Ele possui 7 dos maiores espelhos monolíticos do mundo, medindo 8,4 metros de diâmetro cada para formar um único espelho de 25,4 metros, e contém uma área coletora de 368 metros quadrados. Isso o permitirá atingir uma resolução angular 10 vezes superior ao do Telescópio Espacial Hubble (HST), além de obter uma resolução espacial 4 vezes superior ao James Webb.
O início das operações está marcado para o início da década de 2030, utilizando 4 dos 7 espelhos primários, e a expectativa é que o telescópio funcionará por 50 anos. O GMT dará um importante passo no estudo de diversas temáticas, incluindo a exploração da atmosfera de exoplanetas distantes procurando por sinais de atividade biológica em torno de outras estrelas da nossa galáxia, a Via Láctea.
No último ano, houve um grande avanço no telescópio com o início da fabricação do sétimo e último espelho primário. Esse processo de 4 anos está acontecendo no Laboratório de Espelhos Richard F. Caris, na Universidade do Arizona - EUA.
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