
A empresa de Engenharia e Arquitetura IDOM conclui a revisão final do projeto de um dos maiores edifícios inteligentes mecanizados do mundo.
PASADENA, Califórnia – Nesta quinta-feira (13), o Telescópio Gigante Magalhães (GMT) e a empresa IDOM anunciaram que o domo do telescópio, projetado para ser uma das maiores instalações astronômicas do mundo, passou por sua revisão final do desenho conceitual e está pronto para construção, no Deserto do Atacama - Chile. O sucesso desta etapa é um marco para o GMT, que já completou cerca de 40% da sua estrutura e deve começar suas operações no início da década de 2030.
"Uma equipe de dez especialistas internacionais validou dois anos de trabalho de design da IDOM e do GMT. O desenho conceitual do domo é único e uma importante conquista para as áreas de Gestão Técnica, Design e Engenharia. Somos gratos pela avaliação profissional realizada pelo comitê enquanto avançamos para a construção", diz Bruce Bigelow, gerente de Infraestrutura Local, Domo e Instalações do GMT. "Estamos muito entusiasmados em avançar para a fase de aquisição, quando começaremos a solicitar propostas para a construção do domo", complementa Bigelow.
Uma vez concluído, o domo de 65 metros de altura será um dos maiores edifícios mecanizados já construídos e representará um verdadeiro feito da Engenharia Moderna e fabricação de precisão. Com mais de 5.000 toneladas, essa estrutura será capaz de completar uma rotação em quatro minutos e estará equipada com portas de 46 metros de altura que dão acesso ao telescópio de 25,4 metros. Ela foi projetada para controlar o ambiente operacional do GMT, protegendo os sete dos maiores espelhos monolíticos do mundo enquanto rastreia objetos astronômicos localizados a mais de um bilhão de anos-luz de distância.
Após ter terminado com sucesso o desenho conceitual da cúpula do Telescópio Extremamente Grande (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO), a IDOM continua contribuindo no desenho de outras instalações astronômicas, desta vez para o GMT. Isso é viabilizado pelo consórcio internacional GMTO, do qual o Brasil faz parte, liderado pelos Estados Unidos e composto por 7 países membros.
"Nós formamos uma parceria forte e produtiva com a IDOM para o design do domo. As suas conquistas arquitetônicas, combinadas com sua expertise em Engenharia de grandes e complexas estruturas móveis, foram cruciais para o design desta estrutura única", explica William Burgett, gestor de projetos do GMT. "A dedicação e atenção aos detalhes demonstradas pela equipe foram fundamentais para nos tornarmos um dos telescópios terrestres mais poderosos do mundo," enfatiza Burgett.
Há mais de dois anos, após uma busca global envolvendo um extenso processo de avaliação, a IDOM começou a desenvolver o design do domo. "A nossa equipe aceitou este desafio sabendo que esta estrutura seria responsável por possibilitar algumas das mais importantes descobertas científicas das nossas vidas", afirma Tom Lorentz, presidente da IDOM na América do Norte. "Estamos orgulhosos de ter entregue um desenho bem-sucedido e estamos ansiosos pelo sucesso do telescópio".
A construção dos componentes internos do telescópio está avançando rapidamente. Por exemplo, em 2023, a produção do sétimo e último espelho primário teve início no Arizona, enquanto a fabricação da estrutura giratória de 39 metros de altura também já começou. Outros avanços incluem os estágios finais do primeiro segmento do espelho secundário – parte do sistema de Óptica Adaptativa – e o progresso significativo em um conjunto de imageadores e espectrógrafos de alta resolução com participação internacional e do grupo GMTBrO e Instituto Steiner, que gerenciam o projeto no Brasil.
Graças às tecnologias ópticas de ponta, o GMT terá dez vezes mais poder de resolução em comparação ao Telescópio Espacial Hubble e será 200 vezes mais poderoso do que os melhores telescópios da atualidade. As tecnologias inovadoras capacitarão cientistas, oferecendo insights sem precedentes sobre a evolução do Universo, as origens dos elementos químicos e a descoberta de vida em exoplanetas distantes. Clique aqui para conhecer o interior do telescópio.
Ao concluir a revisão final do domo, o GMT prepara uma busca global por uma empresa que queira deixar sua marca no futuro da Astronomia a partir da sua construção.
Conheça a IDOM
A IDOM é uma empresa privada global de Engenharia, Arquitetura e Consultoria, possuindo mais de 5.000 funcionários e 46 escritórios ao redor do mundo. Sediada em Bilbau - Espanha, ela também possui escritórios em diversas cidades dos Estados Unidos. Para saber mais, visite o site oficial.
O telescópio GMT
O Telescópio Gigante Magalhães representa o futuro da exploração astronômica via telescópios terrestres. Utilizando sete espelhos primários equivalentes a um único de 25,4 metros de diâmetro e uma área coletora de 368 metros quadrados, ele será capaz de produzir as imagens mais detalhadas já feitas do Universo. O GMT procurará desvendar os mistérios cósmicos relacionados à matéria escura, investigará as origens dos elementos químicos e, pela primeira vez, buscará por sinais de vida em planetas distantes.
Este é o resultado do trabalho da GMTO Corporation, um consórcio internacional composto por 14 instituições de pesquisa que representam os seguintes países: Austrália, Brasil, Chile, Coréia do Sul, Estados Unidos, Israel e Taiwan. O telescópio está em construção no Chile e deve ser concluído no início da década de 2030. O Universo nos aguarda! Descubra mais no site do GMTO.
A participação brasileira
Desde 2014, o Brasil participa do projeto a partir de um investimento de 50 milhões de dólares da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. O valor garante cerca de 4% do tempo anual de operação do GMT para pesquisadores do estado de São Paulo.
O Giant Magellan Telescope - Brazil Office (GMT Brasil) é o escritório brasileiro do projeto. É liderado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), e conta com mais de 40 profissionais dedicados à coordenação e execução do projeto. Eles estão diretamente envolvidos no design e na produção de instrumentos astronômicos que serão utilizados no telescópio.
Após o anúncio da conclusão do desenho conceitual, o Dr. Eduardo Cypriano, coordenador de Difusão Científica do GMTBrO, relembra a extensa jornada por trás desse avanço: "há alguns anos, a colaboração considerava três concepções diferentes para o domo. Agora, após um processo objetivo de ponderação utilizando o que há de mais moderno na tecnologia de simulações e apoiados pela grande expertise técnica do nosso pessoal e dos revisores, alcançamos o projeto final que pode começar a ser construído, o que é muito gratificante".
Já a coordenação do escritório brasileiro celebrou o impacto desse projeto para a Ciência em âmbito nacional e mundial. "A participação do Brasil no projeto GMT tem sido uma oportunidade única de formação de jovens engenheiros em instrumentação astronômica, participantes de equipes internacionais multidisciplinares, que aumentam a capacidade do grupo de contribuir em grandes projetos futuros," destaca Drª. Claudia Mendes de Oliveira, co-coordenadora do projeto GMT-FAPESP.
O Dr. Laerte Sodré Jr., co-coordenador do GMT-FAPESP, enfatiza que o desenvolvimento do GMT tem sido tão bem-sucedido graças à uma equipe de altíssima qualificação capaz de inovar em praticamente todas as etapas do projeto. Também, explica que "sem dúvida, o domo será uma maravilha da Engenharia, já que incluirá estruturas e instrumentos que permitirão, por exemplo, medir velocidades de planetas em torno de outras estrelas com uma precisão de alguns centímetros por segundo".
Além dos trabalhos na área de Astronomia Instrumental, o projeto possui diversas iniciativas de divulgação científica para a sociedade brasileira. Isso inclui cursos para professores do Ensino Médio, além de projetos audiovisuais disponíveis em suas redes sociais, tal como a recém-finalizada série 'Fascínio do Universo' que, ao longo de duas temporadas, abordou os objetos astronômicos que o GMT será capaz de estudar.
No início do segundo semestre de 2024, a expectativa é disponibilizar um produto inédito no país. A série 'Mirando as Estrelas' é a primeira produção nacional dedicada a mostrar a participação da comunidade brasileira em projetos de instrumentação mundial. O primeiro teaser trailer pode ser assistido aqui.
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Contatos
Ryan Kallabis
Giant Magellan Telescope – GMTO Corporation
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