
SÃO PAULO – Nesta sexta-feira (22), a série 'Fascínio do Universo' divulgou o episódio final da 2ª temporada, disponível no canal do GMT Brasil. Intitulado 'Nebulosas', o vídeo traz a participação de uma figura já conhecida da produção científica, o Prof. Dr. Roberto Costa do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
O nono episódio revela os segredos escondidos nas nebulosas. Descobertos no século XVII, esses objetos luminosos não-estelares inicialmente não foram estudados a fundo devido às limitações tecnológicas da época. Entretanto, a instrumentação de ponta da nova geração de mega telescópios, incluindo o Telescópio Gigante Magalhães (GMT), permitirá que a comunidade científica entenda melhor a natureza desses objetos que estão relacionados à evolução das estrelas, galáxias e, desta forma, à origem da vida.
Assista ao episódio aqui.
Divulgação científica
Desde 2020, o 'Fascínio do Universo' é a principal iniciativa de divulgação científica do Giant Magellan Telescope Brazil Office (GMTBrO), o escritório brasileiro do projeto GMT sob liderança do IAG/USP. A notícia de encerramento de um novo ciclo de nove episódios, totalizando dezoito desde a estreia, é celebrada pela coordenação e a equipe de produção audiovisual.
Tornar a Astronomia acessível e intrigante ao grande público era o principal objetivo da produção. "Considero a divulgação científica de qualidade como uma atividade essencial para contribuir com a cultura científica da população", enfatiza o Prof. Dr. Laerte Sodré Jr., cocoordenador do projeto GMT-FAPESP. "Trata-se de uma grande contribuição que pode ajudar a estimular a mente dos nossos jovens, e outros não tão jovens, para a fascinante jornada da Ciência."
O desafio técnico da produção era encontrar formas de ilustrar conteúdos de difícil representação para o público não-especializado ou ainda pouco observados pelos telescópios atuais. Profª. Drª. Claudia de Oliveira, cocoordenadora do projeto GMT-FAPESP, destaca o constante apoio que a série recebeu de seus convidados: "os nossos colegas da comunidade científica que participaram dos episódios explicaram de forma clara e simples sobre seus objetos de estudo. Não menos importante, houve o esforço de trazer imagens reais e nítidas, muitas vezes obtidas pelos próprios convidados com o uso de instrumentação de ponta, para ilustrar os assuntos."
Agradecimentos
O coordenador geral de divulgação, Prof. Dr. Eduardo Cypriano do IAG/USP, salienta o investimento da FAPESP em Astronomia, sendo membro-fundadora do telescópio GMT e mantenedora do projeto no Brasil. "O ‘Fascínio do Universo’ demonstra a valorização que a FAPESP dá à divulgação científica. Há décadas, ela vem apoiando os pesquisadores do estado e, principalmente nos últimos anos, exige que os seus projetos dediquem parte de seu investimento para a divulgação científica, ou seja, o conhecimento produzido nos níveis mais altos das universidades paulistas e dos institutos de pesquisa é compartilhado com a sociedade."
Cypriano afirma que a série foi a maneira encontrada pelo projeto GMT-FAPESP de socializar o conhecimento em Astronomia, promovendo conteúdos de fácil entendimento pelo público. "Neste ponto, é importante ressaltar a visão dos professores João Evangelista Steiner [in memoriam] e Augusto Damineli. Em conjunto com os profissionais da TV UNIVAP e da equipe de divulgação do GMTBrO, eles conceberam o formato e dedicaram-se intensamente à produção de cada episódio do primeiro ano."
Contando com mais de 110 mil visualizações desde o seu lançamento, os episódios foram fundamentais para mostrar à audiência que "o Brasil tem pessoas especialistas com fluência nos temas [dos episódios], ativamente pesquisando e trabalhando neles. E, se alguém do público tiver interesse em se aprofundar nesses assuntos, há pessoas nas nossas universidades — colaboradoras do GMT ou não — que dominam os tópicos."
Os gerentes do projeto GMT-FAPESP, José Octavio Armani Paschoal e Daiana Ribeiro Bortoletto, também destacam aqueles presentes nos bastidores que tornaram o 'Fascínio do Universo' possível. "A difusão científica é um dos pilares do projeto GMT-FAPESP. Não poderíamos deixar de registrar a importância das duas equipes que tiveram uma participação ímpar para o sucesso desta empreitada: a equipe GMTBrO e a TV UNIVAP, a quem estendemos os nossos agradecimentos."
Por fim, Paschoal fala sobre o poderoso telescópio em construção que deu origem à essa jornada: "os futuros jovens pesquisadores em Astronomia logo terão à sua disposição para pesquisas uma das mais poderosas ferramentas já criadas pela humanidade, que é o Telescópio Gigante Magalhães, atualmente em construção no Deserto do Atacama."
Telescópio Gigante Magalhães
O GMT será um dos membros da nova geração de mega telescópios, capazes de explorar o Cosmos com definição e sensibilidade sem precedentes. Ele explorará o passado até perto do Big Bang, quando as primeiras estrelas, galáxias e buracos negros estavam se formando. Ele possui sete dos maiores espelhos monolíticos do mundo, medindo 8,4 metros de diâmetro cada para formar um único espelho de 25,4 metros, e contém uma área coletora de 368 metros quadrados. Isso o permitirá atingir uma resolução angular dez vezes superior à do Telescópio Espacial Hubble (HST), além de obter uma resolução espacial quatro vezes superior ao James Webb.
O início das operações está marcado para o início da década de 2030, utilizando quatro dos sete espelhos primários, e a expectativa é que o telescópio funcione por 50 anos. O GMT dará um importante passo no estudo de diversas temáticas, incluindo a exploração da atmosfera de exoplanetas distantes procurando por sinais de atividade biológica em torno de outras estrelas da nossa galáxia, a Via Láctea.
Em 2023, houve um grande avanço no telescópio com o início da fabricação do sétimo e último espelho primário. Esse processo de quatro anos está acontecendo no Laboratório de Espelhos Richard F. Caris, na Universidade do Arizona - EUA. Recentemente, o consórcio responsável pelo projeto celebrou a entrada de um novo parceiro internacional, totalizando 14 instituições de pesquisa que participam do projeto.
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Ficha técnica: Fascínio do Universo
Duração: 18 episódios x 8 minutos ou 1 hora e 51 minutos no total;
Produção: GMT Brasil; Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); e realização da TV UNIVAP da Universidade do Vale do Paraíba.
Coordenação Geral: Eduardo Cypriano (2ª temporada); Augusto Damineli (1ª temporada).
Sinopse: 'Fascínio do Universo' busca compartilhar conhecimento científico sobre o Universo, divulgar os investimentos da FAPESP na área da Astronomia e a sua participação no projeto de construção do Telescópio Gigante Magalhães (GMT, em inglês). Alguns dos temas incluem: a estrutura em grande escala do Universo, os aglomerados de galáxias, as supernovas do tipo Ia e a matéria escura.
Episódios: O Telescópio GMT (101); A Origem dos Átomos (102); O Universo em Expansão (103); Em Torno do Sol e Outras Estrelas (104); Lentes Gravitacionais (105); Água no Universo (106); A Procura de Planetas Habitáveis (107); A Energia Escura e o Futuro do Universo (108); Buracos Negros e seus Mistérios (109); Formação das Estrelas (201); Colisões de Galáxias (202); Supernovas do Tipo Ia (203); O Enigma da Matéria Escura (204); Estrutura em Grande Escala do Universo (205); Estrelas do Tipo Be (206); Aglomerados de Galáxias (207); Galáxias com Núcleos Ativos (208); Nebulosas (209).
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Giant Magellan Telescope Brazil Office - GMTBrO
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