A PRIMEIRA IMAGEM DE UM BURACO NEGRO

Em abril de 2019, astrônomos divulgaram um dos resultados do projeto Event Horizon Telescope (EHT), que uniu diversos radiotelescópios espalhados pela Terra. Classificado como ‘supermassivo’ por possuir 6,5 bilhões de vezes a massa do Sol, esse buraco negro está localizado no centro da galáxia supergigante Messier 87, há 53,5 milhões de anos-luz do nosso planeta.

TIPOS DE BURACOS NEGROS

A massa é o que define a classificação de um buraco negro. Entre os principais tipos há os buracos negros ‘estelares’, que possuem massa entre 4 até 60 vezes a massa do nosso Sol. Já aqueles chamados de ‘intermediários’ têm massas solares na ordem de milhares de vezes a massa do Sol, enquanto os ‘supermassivos’ chegam a ter massas de 1 milhão a dezenas de bilhões de sóis.

A CONSTANTE COSMOLÓGICA DE EINSTEIN

Em 1917, Einstein introduziu a constante cosmológica para resolver um [suposto] problema da Teoria da Relatividade Geral. Ele acreditava que o Universo era estático, porém, era necessário explicar o porquê de não ocorrer o colapso do Cosmos devido à atração gravitacional da matéria. Entra em ação a constante cosmológica: uma hipotética força com pressão negativa que equilibra a atração gravitacional, mantendo as galáxias no mesmo lugar. Após a descoberta de que as galáxias estão se afastando de nós, cientistas concluíram que não havia necessidade da criação de um mecanismo para estabilizar o Universo. A hipótese foi descartada, mas observações de supernovas distantes indicaram que a expansão do Universo está se acelerando — o que leva ao questionamento de se a razão disso é consistente com a constante cosmológica.  

ANEL DE FOGO NO CÉU

O Eclipse Anular ocorre quando a Lua está mais distante do nosso planeta do que o usual, e alinhado entre a Terra e o Sol, — de maneira parcial ou total — causando a impressão de que o satélite natural diminuiu de tamanho na perspectiva do observador. Por isso, é possível ver raios solares que escapam pelas bordas, criando o efeito de um anel brilhante iluminando o contorno da Lua, popularmente conhecido como ‘anel de fogo’.

O BIG RIP

É uma hipótese levantada no artigo “Phantom Energy and Cosmic Doomsday”, publicado em 2003, sobre como o Universo pode chegar ao fim. Considerando a teoria da existência da Energia Escura, — que é uma pressão negativa, contrária à gravidade — ela seria responsável por constantemente acelerar a expansão do Universo. Caso a quantidade dessa energia escura aumente com o tempo, contrariamente à teoria padrão, onde esta se mantém constante, bilhões de anos no futuro, essa pressão pode ser tão intensa que arrancaria as estrelas e os planetas de suas órbitas, até que vença a força de atração nuclear e desintegre os átomos.

O QUE SÃO BIOMARCADORES?

Eles são possíveis evidências de vida na atmosfera de planetas. Na Terra, a  sua biosfera complexa possui elementos como o oxigênio e o metano, além de refletir um espectro de luz diferente do que se é observado em planetas com ausência de vida. Entretanto, acredita-se que esses indícios só se tornaram detectáveis há 2 bilhões de anos, mesmo que a vida tenha começado a se desenvolver aqui há cerca de 3,5 bilhões de anos. Ou seja, é possível um exoplaneta abrigar vida, mas seus biomarcadores não possuem níveis detectáveis por nossos instrumentos. Caso isso seja observado, é necessário descartar todas as outras possíveis explicações para a sua origem antes de considerarmos que surgiu de um processo biológico.  

O QUE É UMA SUPER TERRA?

É um termo que se refere exclusivamente à massa de um exoplaneta rochoso. Uma Super Terra possui massa maior que a do nosso planeta, — a Terra pesa 5.9722 × 1024 ou 5,9 sextilhões de toneladas —  mas inferior à massa dos Gigantes Gasosos do Sistema Solar (a Terra tem 0,3% da massa de Júpiter).  Essa classificação não leva em consideração outras características do planeta, como a temperatura. Elas são candidatas a abrigar vida, principalmente aquelas com até duas vezes a massa da Terra.

CARACTERÍSTICAS DAS ZONAS HABITÁVEIS

O planeta não pode estar localizado nem muito perto e nem muito longe de sua estrela, de forma que sua temperatura permita a presença de água na forma líquida, isso é o que define a zona. Já a estrela não pode estar perto do centro da Via Láctea, por ser uma região de poderosas explosões estelares. Se estiver nas bordas da galáxia, não haverá grandes quantidades de átomos biogênicos. As estrelas como o nosso Sol possuem zonas maiores de habitabilidade, enquanto as Anãs Vermelhas irradiam níveis extremos de radiação, o que torna a sua zona habitável muito menor e mais próxima. As supermassivas vivem muito pouco e as menos massivas são muito frias para desenvolver vida avançada. Destaca-se que os astrônomos acreditam que as Anãs Laranjas têm características intermediárias entre esses dois tipos e, por isso, maior probabilidade de abrigar vida.      

NUVENS INTERESTELARES

São regiões da Galáxia compostas de gás, grãos de poeira e plasma. Contêm principalmente elementos químicos como Hidrogênio e Hélio. Sendo o Hidrogênio seu componente primário, presente em uma variedade de estados, dependendo da característica de cada nuvem. Os cientistas acreditavam que por sua baixa temperatura e densidade, as reações químicas e produções nas nuvens interestelares eram lentas. Porém, a presença de moléculas orgânicas sugere que essas reações ocorrem muito mais rápido. Já que em laboratórios são necessárias temperaturas e pressões muito altas para criá-las. Por as nuvens serem muito frias, a poeira é coberta por gelo. Esses grãos vão se aglutinando e formando corpos cada vez maiores, dando origem a objetos celestes no Universo.  

ÁGUA NO SISTEMA SOLAR

A Terra possui 1,335 ZL de água, sendo que 1 zettalitro (ZL) equivale a 1 bilhão de km³. Em outubro de 2020, a NASA anunciou o descobrimento de água líquida na Lua, mas esse não é o único lugar do Sistema Solar onde ela já foi encontrada. A lua Europa, uma das dezenas que orbitam Júpiter, possui gelo na sua superfície e evidências de um vasto oceano subterrâneo. Um estudo de mais de 20 anos publicado pelo astrobiólogo Steve Vance do  Laboratório de Propulsão à Jato da NASA sugere que as seguintes luas podem ter mais água líquida do que a Terra: Europa (2,6 ZL), Calisto (5,3 ZL), Titã (18.6 ZL) e Ganímedes (35,4 ZL). Enquanto Encélado, Tritão, Dione e Plutão podem ter a substância em quantidades inferiores.