OS ÁTOMOS AO NOSSO REDOR

Eles são formados por partículas elementares chamadas de elétrons, prótons e nêutrons. Na Grécia Antiga, os filósofos Leucipo e Demócrito já procuravam uma explicação para a origem do Universo. A teoria deles dizia que o princípio de tudo era algo indivisível e indestrutível — em grego, átomo significa “algo que não pode ser dividido”. Entretanto, o ‘pai do atomismo moderno’ é o físico britânico John Dalton. Ele se baseou nas ideias de Leucipo e Demócrito e criou o Modelo Atômico de Dalton, dizendo que os átomos eram maciços e não podiam ser destruídos. A título de exemplo, eles são tão densos que se um átomo fosse do tamanho de um estádio de futebol, o seu núcleo teria o tamanho de uma ervilha, mas seria tão denso que conteria praticamente toda a sua massa.  

Há 13,7 BILHÕES DE ANOS…

Sabe quem nomeou o modelo cósmico conhecido como Big Bang? Foi o astrônomo Fred Hoyle (1915-2001), acidentalmente, durante uma entrevista à rádio britânica BBC, em 28 de março de 1948, que curiosamente era um dos opositores à essa teoria. Ele propunha que o Universo estava em estado estacionário e imutável — essa teoria foi refutada após a descoberta da radiação cósmica de fundo em microondas, em 1965. Hoyle tentou desenvolver um outro modelo chamado “Teoria do Universo Quase Estacionário” com Thomas Gold e Hermann Bondim, mas outras descobertas cosmológicas refutaram a teoria.  

SUPER-PUFFS!

O que algodão-doce e uma rara classe de exoplanetas têm em comum? A resposta é densidade. Essa classe é chamada de Super-Puffs ou Super-Inchados, caracterizados por serem muito gasosos, formados em maior parte por Hidrogênio e Hélio, e tem uma camada atmosférica de metano. A densidade deste tipo de planeta é 0.1 g/cm³, o que é praticamente igual a densidade do algodão doce. Na imagem ao lado, vemos uma comparação de três exoplanetas super-puffs descobertos, que estão orbitando a estrela Kepler 51 — um astro de 500 milhões de anos que se parece com o nosso Sol — em relação a alguns dos planetas do Sistema Solar.  

OS GIGANTES GELADOS

Eles são uma classe de planetas feitos principalmente por elementos mais pesados como Oxigênio, Carbono e Nitrogênio, não tão grandes quanto os Gigantes Gasosos, mas não tão pequenos quanto os Planetas Terrestres. Não é preciso ir longe para encontrá-los: Urano e Netuno são exemplos deles, localizados no nosso Sistema Solar. Acredita-se que o interior deste tipo de planeta seja formado por água em estado sólido, líquido e superiônica — o que existe em temperaturas e pressões extremamente altas. Mas em condições tão diferentes do que conhecemos aqui na Terra, é provável que essa água não seja como conhecemos.  

Você já ouviu falar em Mundos de Lava?

É uma classe composta por planetas terrestres com órbitas muito próximas às suas estrelas, interior muito quente e intensa atividade vulcânica e tectônica, criando rios de lava na sua superfície.  Há diversas hipóteses sobre sua origem. Dentre elas, o surgimento a partir do impacto entre corpos celestes grandes ou pelos efeitos da gravidade da sua estrela central, resultando em intensa irradiação e forças de maré. A possibilidade de vida como conhecemos em um ambiente tão hostil é mínima. São necessários mais estudos e observações para determinar o seu surgimento, a formação da sua crosta e atmosfera.    

A LEI DE HUBBLE-LEMAITRE

Um dos primeiros a propor que o Universo surgiu a partir da explosão de uma singularidade — hiperdensa — foi o padre belga Georges Lemaître (1894-1966). Mas a comunidade científica se mostrou cética, até que dois anos depois, o astrônomo norte-americano Edwin Hubble (1889-1953) observou que a maioria das galáxias se afastam da nossa. Ele determinou que há uma relação direta e proporcional entre a velocidade de afastamento de duas galáxias e a distância entre elas. A ideia de expansão do Universo foi consolidada no público após o artigo “The Velocity-Distance Relation Among Extra-Galatic Nebulae”, publicado em 1931, a partir de uma colaboração entre Hubble e o astrônomo Milton Humason.