Ele será colocado em fase posicionando e pressionando com pistões os espelhos primários e secundários. As estrelas serão observadas continuamente por infravermelho, onde o comprimento de coerência da atmosfera é maior que o gap entre os segmentos dos espelhos. Franjas de interferência são formadas pelos gaps entre os espelhos e elas serão usadas para medir a diferença de fase entre os espelhos a cada minuto ou menos. 

A óptica adaptativa dos espelhos secundários monitorará desvios em escalas de tempo mais curtas, enquanto os sensores atuais de frente de onda óptica e infravermelha permitirão o uso da AO em qualquer ponto do céu.

O projeto GMT está firmemente comprometido em prover imagem no limite de difração logo nos primeiros anos de operação. O primeiro modo de AO do GMT será a óptica adaptativa por Tomografia Laser (LTAO): seis feixes de laser serão usados junto com estrelas naturais para produzir imagens no limite de difração o infravermelho próximo e médio em campos de 30-90 segundos de arco de diâmetro. Os espelhos secundários adaptativos funcionarão como espelhos deformáveis no sistema AO. Espelhos adicionais deformáveis poderão ser adicionados para fazer um sistem de óptica adaptativa Multi-Conjugada (MCAO), aumentando o campo de visão corrigido e a uniformidade das imagens (PSF). Custos e estratégias de implementação deste modo serão estudadas na fase de design. 

Os outros modos esperados serão Ground Layer Adaptive Optics (GLAO) e o Extreme Adaptive Optics (ExAO). A GLAO proverá 50-200% de redução no tamanho das imagens puntiformes no infravermelho próximo em grandes campos de visão. Esta técnica ainda está em desenvolvimento e o projeto está trabalhando para caracterizar a turbulência atmosférica de baixa altitude do sítio e estimar os ganhos com a GLAO em diferentes condições de observação. Enquanto a  ExAO produzirá contrastes extremamente altos em pequenos campos de visão e será importante para diversos objetivos científicos do GMT.

Esperamos desenvolver a ExAO para a segunda geração de instrumentos do GMT. É bem provável que o alto contraste seja conseguido primeiro no infravermelho médio, para o qual tem vantagens científicas e técnicas, seguido de uma evolução para comprimentos de onda mais curtos. A longo prazo, o projeto vai continuar investindo em outros modos inovadores de AO como o Multi-Object Adaptive Optics (MOAO).

O Conselho Diretor do GMT decidiu por 4 instrumentos e um sistema de posicionamento de fibras ópticas. Eles cobrem desde o poderoso espectrógrafo multi-objeto operando na faixa do visível e infravermelho próximo aos espectrógrafos de alta resolução, e imageadores com AO operando no infravermelho-próximo e médio. A descrição dos instrumentos pode ser vista aqui. Na primeira luz, esperamos comissionar o telescópio com 2 instrumentos. Após isso, mais 2 instrumentos e o posicionador de fibras ópticas serão adicionados.

Nós transportaremos os espelhos de Tucson, Arizona, por rodovia até o porto de Los Angeles, Califórnia. De lá, irão ao Chile por navio e chegarão ao topo do Las Campanas por rodovia.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. Com autonomia garantida por lei, a FAPESP está ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Ela é membro-fundador do projeto GMT.

Giant Magellan Telescope - Brazil Office é o escritório brasileiro do projeto. Ele é liderado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP).

Altura da redoma do telescópio: 61 metros, equivalente a um prédio de 22 andares;

Peso móvel do telescópio: 1100 toneladas;

Peso de cada espelho: 12.5 toneladas;

Diâmetro de cada espelho primário: 8.4 metros;

Diâmetro de cada espelho secundário: 1.05 metros;

Diâmetro efetivo os espelhos combinados: 25.4 metros;

Área coletora total dos espelhos: 368 m²;

Tipo de montagem: Alt-azimutal;

Faixa de operação do telescópio em comprimento de onda: violeta ao infravermelho (3200-250000 Angstroms).

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP é sócio-fundador do GMTO.

O custo total é de 45 milhões de dólares, divididos em parcelas 8 anuais de 5 milhões de dólares cada uma, iniciando em 31 de Dezembro de 2014.

Planejamos materiais para aulas e programas de divulgação. Como parte de nossa estratégia de comunicação. Uma das iniciativas já disponíveis é o curso de extensão universitária nível de aperfeiçoamento chamado “Astronomia para Docentes do Ensino Médio”, com parceria do IAG-USP, para ajudar a levar conhecimento científico à educação básica.