NOVOS TESTES DO TELESCÓPIO

Em maio de 2021, o parque tecnológico da Universidade do Arizona, em Tucson, se tornou o novo lar da célula de teste, do simulador de espelho primário e do sistema de calibração dos atuadores. Agora, eles serão submetidos a testes para validar a funcionalidade do sistema de suporte ativo do espelho primário e garantir que seja seguro para instalação do espelho.

COMO DIRECIONAR O TELESCÓPIO SEM ATRITO?

O GMT pesará cerca de 2.106 toneladas. Ele flutuará sobre uma camada de óleo de apenas 50 mícrons de espessura, o que equivale à metade da grossura de uma folha de papel. O mícron é a milésima parte de um milímetro ou um milionésimo de um metro, isso permitirá que o GMT se mova essencialmente sem atrito, pois compensa para a rotação da Terra, rastreando corpos celestes em seu arco no céu.

 

CONFIGURAÇÃO ÓPTICA DO TELESCÓPIO

A configuração óptica do GMT permite o uso de instrumentos científicos compactos. Os instrumentos astronômicos, como espectrógrafos e câmeras, irão capturar, reformatar e armazenar a luz coletada pelo telescópio para que esses dados possam ser usados em pesquisas científicas. Isso ajudará a responder incontáveis perguntas sobre o Universo à nossa volta, desde a sua origem ao futuro dele.

ATUADORES LINEARES

Seis atuadores lineares serão fixados a cada um dos sete espelhos primários  de 8,4 metros de diâmetro em um padrão hexápode, posicionando-os para formar uma única superfície óptica de 25 metros. No início de 2021, os engenheiros do projeto, na Universidade do Arizona, estiveram montando, balanceando e testando esses atuadores na Célula de Teste.

ATUADORES TRIPLOS

Todos os seis espelhos fora do eixo precisarão de 90 atuadores triplos para suportar o peso, superar a gravidade e as distorções térmicas. O design permite que eles cumpram a sua função independentemente da posição do telescópio, até mesmo quando o GMT estiver apontando próximo ao horizonte, o que deixa os espelhos praticamente na vertical.

CONHEÇA O LOCAL DE CONSTRUÇÃO

Cerro Las Campanas, no Observatório Las Campanas, Deserto do Atacama, será o lar do maior telescópio óptico do mundo. A montanha tem 2500 metros de altitude e é um dos melhores locais para observação por possuir mais de 300 noites de céu limpo por ano — consequência de estar numa região desértica, onde a ocorrência de nuvens é bem pequena. 

A INSPIRAÇÃO PARA O NOME DO GMT

A Grande Nuvem de Magalhães, homônimo ao telescópio, é uma galáxia-satélite anã localizada na Via Láctea. Esse nome foi dado pelo navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521) durante uma de suas viagens no início do século XVI — ele também observou a Pequena Nuvem de Magalhães, que é uma galáxia anã vizinha. Elas não podem ser observadas no Hemisfério Norte, sendo estudadas pelos telescópios do Sul, e são visíveis a olho nu nas noites de céu limpo em janeiro. 

A PRODUÇÃO DOS ESPELHOS PRIMÁRIOS

Primeiro, ocorre a fusão de quase 20 toneladas de vidro em um molde em formato de favo-de-mel, dentro de um forno rotativo gigante a uma temperatura de 1160ºC por 4 horas. A temperatura é rapidamente reduzida para 900ºC e, nos 3 meses seguintes, resfria lentamente para evitar distorções térmicas nos espelhos. Depois, há o desbaste das superfícies traseira e dianteira do espelho.

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